
15 passos é a distância que separa o que resta do clipe e o caixote do lixo que está logo ali do outro lado da estrada. Acho que consigo encontrar várias palavras para descrever quem tenha tomado esta iniciativa: estúpido, imbecil, parvalhão, otário, vacão, lavajão, javardo, barrão...
Imagino o momento em que este sujeito teve de tomar a dificil decisão sobre o que fazer com os galhos.
Depois de cuidar da sua plantação, pega nos galhos e, ali no passeio, quase encostado à paragem do TUT dos clipes, olha para o outro lado da estrada e vê o contentor do lixo, verde, grande, feio e mal-cheiroso, está a sete passos e meio de o alcançar. De repente olha para trás e vê o que ainda resta da cremação do clipe, preto, sem vida, à espera que alguém ateie o lume de novo para acabar definitivamente com a sua existência. Ora obviamente que entre estas duas possibilidades, as pessoas normais arriscariam atravessar a estrada (mesmo em hora de ponta dá para fazer sem qualquer perigo desde que se cumpram as regras básicas do atravessamento da faixa de rodagem) e despejar a porcaria dos ramos no contentor. Mas esta mente iluminada pensou (se é que o consegue fazer) que é bem melhor fazer um montinho de lixo encostado ao que resta do clipe e esperar que alguém acabe com aquela miséria.
Parece que não bastam os dias sem fim que os contentores estão a transbordar lixo, há quem faça questão em tornar o lixo pelo chão uma imagem de marca de Riachos.
Haja respeito.
P.S.: este já não é o primeiro monte de lixo que alguém decide deixar junto ao clipe, nós, cardumenses, vimos por lá um pneu... alguns dias depois o clipe voltou a ser incendiado e o pneu desapareceu, queimado presume-se.
1 comentário:
se bem que as ervas não façam propriamente mal à terra, não acredito na falta de respeito para com um dos marcos da nossa terra.
Para bem, aquela árvore deveria ter sido partida em tantos bocados quantos riachenses existem.
Deitam-se ervas ali, mas vê-se lixo da estrada!
O eucalipto tatuou o meu olhar, não vejo aquela paisagem sem ele.
Ao sair da terra, fico triste que haja gente badalhoca que por lá fique a viver.
Se eu não tivesse que lá passar todos os dias na terra deles, diriam que foram os gajos da ambulância da Golegã.
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