Levantemos algumas questões: (para responder nos comentários)
1- De quem é a árvore?
2- Será que poderia ser evitada esta morte?
3- Foi feita alguma inspecção sobre o verdadeiro estado da árvore de modo a garantir a segurança dos transeuntes?
4- (Em caso de resposta negativa à questão anterior, pergunta-se:) Porquê? A quem cabe encomendar tal estudo de segurança?
O Cardume está no direito de sentir tristeza pela morte do eucalipto. No final da sua vida, deixou-nos um exemplo. No solo riachense, o mesmo onde o Senhor Jesus dos Lavradores esteve oculto durante séculos, o eucalipto morreu de pé, digno de uma árvore como deve de ser. Os seus ramos secam mortos, mas não caiem! Nós passamos lá sem olhar muito para ele, ignorando-o e ele ali, a morrer devagar. E agora, o que há a fazer?
O Cardume está no direito de sentir insegurança ao passar nos "clipes". O Cardume pede aos responsáveis que identifiquem o risco de queda do eucalipto e façam-no hoje. Ou será preciso alguém ficar lá debaixo?
3 comentários:
Arô Cardume.
Gostava que participassem no novissímo, quase por estrear, www.riachosemfesta.blogspot.com
ass: gadoblog@gmail.com
os clipes representam um marco estético na nossa vila. desde sempre me lembro daqueles monstros à beira da rua nova. costumo ir passear a cadela lá para dentro (não digam a ninguém) e já tinha sentido mágoa quando outros, secos, foram cortados. aliás, vê-se na foto que os dois guardas estão agora sozinhos na entrada.
Por muito que gostássemos que os clipes (tal como a eira) fossem do colectivo riachense, a verdade é que sempre foram propriedade privada. a diferença é que antigamente eram locais ocupados quase ininterruptamente pela população, que lhes davam vida. a relação entre os donos e os habitantes eram de outras naturezas, comparando com os dias de hoje.
a responsabilidade de cortar aquilo antes que provoque acidentes deve ser dos donos, se bem que a junta deveria, em nome de todos, demonstrar o interesse em arranjar aquilo, junto dos donos. e plantar outro no sítio...
André
Foi com pena que me apercebi que depois da morte, o gigante tombou no dia 13. Não há ninguém que se lembre daquele lugar sem os eucaliptos gigantes.
As pessoas de fora achavam piada a que nós nos referíssemos àquele lugar como "eucaliptos". Qualquer riachense sentia os eucaliptos como parte da nossa terra e, até agora, era inimaginavel pensar que aqueles gigantes podiam tombar no seu todo.
A "paragem dos eucaliptos" já não o é. Alguém consegue charmar-lhe "paragem do eucalipto"? Com a eira em abandono, os eucaliptos a morrer, a invasão de paineis publicitários e os centros comerciais a chegar cada vez mais perto, onde estão as nossas referências? Os marcos da nossa identidade estarão condenados à representação em estátuas? Que vamos passar às gerações mais novas? Apenas memórias do "tempo dos eucalitos"?
Nelson
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